Quem não se comunica se ‘trumbica’!
Gosto de pensar na figura do síndico como sendo um maestro, muitas outras vezes já usei essa analogia
Gosto de pensar na figura do síndico como sendo um maestro, muitas outras vezes já usei essa analogia
É fato que quem exerce a sindicatura é figura importante no condomínio e tem um papel crucial na mediação de conflitos
que podem surgir entre
os condôminos.
Sabe aquele problema no condomínio que nunca é resolvido e fica incomodando o síndico, como se fosse uma pedra no sapato na longa jornada de um mandato de sindicatura? Aquele probleminha que aos olhos da massa condominial é tão simples de resolver, mas quanto mais o tempo passa parece que a coisa se agrava. O síndico já chamou vários prestadores, cada um apresenta uma solução, mas a resolução do problema que é bom, nada! E ao final das contas o que fica parecendo para a maioria dos condôminos é que o síndico fica fazendo corpo mole. E o síndico fica no impasse, a solução do problema é o objetivo dos prestadores, ou eles identificaram que em cada visita é uma mordida garantida no caixa do condomínio? É inegável que para a manutenção de qualquer negócio é preciso ter recorrência e fluxo de caixa. Sabemos também que o ticket médio de alguns serviços, sobretudo de manutenção predial, no que diz respeito a pequenos reparos, são muito baixos. É uma prática comum, de prestadores que atendem esse tipo de necessidade, tentar explorar o máximo do problema tentando fazer render o seu tempo e custo de deslocamento, promovendo reparos e substituições de peças que necessariamente não resolvem o problema que provocou o seu chamado. LEIA TAMBÉM: Pode parecer que estou tentando reunir argumentos para denegrir esse tipo de prestador, mas longe disso. Acredito que o mercado deva estar repleto de soluções para todos os tipos de problemas que encontramos no condomínio. O que me parece hoje em dia é que quanto mais simples o reparo, mais difícil é encontrar um profissional comprometido com a qualidade do serviço e resolução do problema. Todos somos atraídos por preços mais baixos, sobretudo quando temos que abrir um chamado para um simples reparo . Mas temos que ter a noção que não é com uma visita ao custo de R$ 100,00 que qualquer probleminha no condomínio pode ser resolvido. A prática de cobrar um valor baixo por uma visita e agregar valor conforme a necessidade de peças e equipamentos para resolver o problema, em alguns casos é usada com integridade por alguns prestadores, mas uma grande maioria tira proveito dessa prática. E eu acredito que é uma cultura alimentada pelo tomador de serviço que não percebe ser vítima do gatilho mental ganância, pensando que terá o maior benefício pelo menor custo. Porém, essa prática não nos traz o que realmente precisamos, que é prestatividade, resolutividade e integridade por um preço justo. Prestadores e tomadores de serviço são os sujeitos do mercado, que é uma entidade dinâmica. Um lado não funciona com a ação e reação do outro. Então, colega de sindicatura, na próxima vez que for contratar um pequeno serviço para resolver um problema no seu condomínio, reflita se o preço que você está pagando é justo suficiente para que o prestador monetize o suficiente para manter o seu negócio e esteja disposto a resolvê-lo e disponível na próxima necessidade. Por Rogério Freitas