Criamos nossa própria realidade a partir das nossas experiências, das nossas vivências, bem como através do uso dos nossos sentidos. Quer ver? Qual sua lembrança sensorial de chuva molhando o solo (terra, barro mesmo rsrs) ao entardecer? Qual lembrança sensorial ao ouvir uma música da sua infância? Continuemos: do cheiro do bolo da casa da vó, louça decorativa da casa da vó, tipo de afago da vó, comidinha com tempero da vó etc (o personagem vó é uma tentativa de voltar no tempo mais longínquo possível). Não responda, apenas pense quantas décadas voltastes em tuas lembranças? Essa experiência multissensorial é uma forma real de aprendizado.
Nascemos com a capacidade de aprender com os olhos, ouvidos, com nossos sentidos do paladar, olfato e tato, além da nossa distinta competência de conexão com os pares.
Nossas experiências podem influenciar a forma como filtramos os estímulos, pois vamos selecionando quais são mais fáceis para nosso aprendizado, isto é, vamos nos tornando conscientes (mesmo que inconscientes) de nossas habilidades sensoriais. A qualidade de nossos pensamentos depende, em grande parte, do nosso autoconhecimento e autoconsciência. Vamos ver? Em uma palestra, você prefere que o palestrante apenas fale, ou que utilize mais imagens? Você pode adquirir a mesma palestra de forma online ou ouvi-la em audiobook, ou ainda você prefere participar ao vivo e sentir a energia do ambiente? Você aprecia alguém mais monotônico ou com várias entonações na voz?
Esses entendimentos sobre SISTEMAS REPRESENTATIVOS nos auxiliam a entender como filtramos as informações externas, como também nos ajudam a perceber como nos conectamos com nós mesmos e com os outros. Em PNL – Programação Neurolinguística- temos a sigla VAC para denominar a forma como você filtra a realidade:
*se é de forma mais VISUAL, através de imagens, e percepções com gravuras, cores, ícones, fotografias. Pessoas com memória fotográfica.
*se é de forma mais AUDITIVA, através de som, canção, fala. Gravadores humanos.
*se é de forma mais CINESTÉSICO, compreende os aspectos mais emocionais ou tátil (incluindo também aqui o gustativo e olfativo). Pessoas mão na massa
Você acessa naturalmente todos os sentidos, mas em determinados contextos um deles é mais dominante, e reconhecer e/ou identificar é um processo evolutivo pessoal com impacto em vários âmbitos, como por exemplo, relacional e profissional.
Quer se conectar melhor às pessoas, quer se comunicar melhor com sua comunidade condominial, quer e precisa se relacionar com uma grande massa: faça uso dos 3 sistemas representacionais!
Exemplifico. Vamos adotar um tema: Conscientização do uso da água. Para conversar com as pessoas visuais, você não vai imprimir uma folha de A4 contendo informações em preto e branco. Para a “conversa” fluir e atingir melhor o inconsciente dessas pessoas você fará uso mais apelativo das imagens coloridas, investimento na arte visual. Adequando o texto ao público e à informação. E sobre a mesma temática, para alcançar um público com identidade mais auditiva, documentários e informativos em áudio mesmo, pode ser uma alternativa. Assim como o som, o silêncio também é muito apreciado pelos auditivos, pois necessitam de concentração. E para os cinestésicos podemos extrapolar nas ideias, pode-se ir desde uma palestra no salão de festa, englobando essa temática, e agregando à reunião cafezinho e som ambiente.
Qual o meio de se comunicar melhor com seus pares? Vizinhos, amigos, colegas de trabalho? Primeiro, reconheça a sua linguagem (qualquer coisa eu posso te ajudar nisso), depois observe e ouça as pessoas, elas deixam pistas, quer seja nas palavras proferidas ou ações escolhidas, sobre qual sistema representacional elas funcionam melhor. Sua habilidade comunicativa tende a melhorar ao perceber como as pessoas ficam mais receptivas às imagens, palavras, sons ou movimentos
E então, qual a sua consciência sensorial?