Foi como num piscar de olhos. O mundo mudou e com ele se fez presente o silêncio, abrindo espaço para momentos infinitos de reflexão. Parentes, colegas de trabalho e amigos próximos tornaram-se distantes. Vizinhos de porta, de andar, agora ocupam o lugar, em sua maioria, de meramente conhecidos. Muitos se foram.

A rotina vestiu-se de uma nova roupagem. Para muitos de reencontros e percepção de que ali, entre quatro paredes, existe uma família ofuscada pelo tempo e cumprimento das atividades diárias que garantem a sobrevivência. Em contrapartida, para outros, a solidão foi ampliada como uma lente de grande proporção.

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Agora, aos poucos, tudo começa a se encaixar e o quebra-cabeça remonta a nova história. Regras valem de forma individualista, todos querem ter razão. As coletivas são impostas, mas nem sempre cumpridas.

A esperança está sendo renovada. A nação espera por uma solução, por dias em que a vida em câmera lenta comece novamente a se movimentar. Nada será como antes. Todos conheceram uma nova forma de conviver, consumir, trabalhar, amar. Foram se reinventando, e até aqueles que sempre resistiram a era digital estão se tornando seres tecnológicos.

E o hoje? Como será fazer as mesmas coisas de um modo diferente? Viver a vida do outro. Sim…muitos se tornaram professores, cozinheiros, donos de casa. E o cuidar da mente, do corpo, dos mínimos detalhes? São tantas perguntas e muitas respostas.

Que seja então, um passo de cada vez…

Biah Fabianna Gasparotto
Jornalista & Publicitária

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