A PROCONDÔMINOS BR, em parceria com o JORNAL DO SINDICO DF-GO, iniciou em 2022 entendimentos para implantação no Distrito Federal do programa Vizinhança Solidária que precipuamente deverá contar com a participação integral da Policia Militar do Distrito Federal.
Dia 20 de agosto comemora-se o Dia do Vizinho. O intuito da data é celebrar com quem se divide o corredor, ou a calçada, a solidariedade, a cidadania e o sentimento de pertencimento, mais raros em tempos marcados pelo individualismo e muita correria.
Na cidade de São Paulo – SP, o sucesso do programa Vizinhança Solidária, que completa 10 anos em agosto, é a prova de que o resgate desses valores, além de substituir a indiferença social, colabora com a segurança pública.
Vizinhança Solidária
Comunidades vigiadas por vizinhos Iremos apresentar à Polícia Militar do Distrito Federal, nossa proposta de projeto, pois o programa Vizinhança Solidária consiste em conscientizar as pessoas de uma comunidade do seu papel e responsabilidade para preservar sua segurança pessoal e coletiva, adotar medidas capazes de prevenir delitos, estabelecendo uma área vigiada pelos moradores, com apoio da PM.
A essência é a participação ativa da comunidade na comunicação sobre qualquer atitude suspeita na área, via grupo de WhatsApp, até mesmo com a disponibilização do sistema de ronda com veículo caracterizado durante o período de 24 horas.
O Vizinhança Solidária começou em São Paulo – SP, no bairro do Itaim Bibi, cresceu e virou Lei estadual (nº 16.771/18) sendo está também nossa meta. Lá, a iniciativa foi do então deputado estadual Coronel Álvaro Batista Camilo, atual secretário executivo da Polícia Militar, aqui estamos mantendo contato com alguns Deputados Distritais de forma que possamos eleger um como o autor do projeto, mas, antes queremos amadurecer todas as etapas do projeto conjuntamente com os membros da Policia Militar do Distrito Federal.
Redução da criminalidade em 70%: Após uma década de atividade, o programa Vizinhança Solidária contabiliza 2.024 grupos formados em 216 municípios de todo o estado. A cidade de São Paulo é a líder, com mais de 600 grupos.
A PM de São Paulo estima que a redução média da criminalidade onde o programa foi implantado é de 70%, chegando a 100% em alguns casos.
Indiferença é inimiga da segurança em condomínios
Em palestra recente no Secovi-SP, Coronel Camilo falou sobre o programa para mais de 120 síndicos e funcionários de administradoras de condomínios. “O crime acontece quando há oportunidade, desorganização e aparência de abandono. As pessoas devem fazer a sua parte, fazendo mutirões, se organizando. O Vizinhança Solidária não é só a polícia em ação, mas as comunidades conversando”, explica.
Segundo Camilo, um dos intuitos da iniciativa é aumentar o pertencimento de dentro de casa para fora, cuidando do que é de todos, ampliando a solidariedade.
“Não posso ser indiferente ao meu vizinho. Tenho que cumprimentá-lo, saber quem ele é, reconhecer o seu rosto. Só assim será possível identificar situações suspeitas que colocam a segurança de todos em risco”, enfatiza.
10 passos para formar um grupo de Vizinhança Solidária
No caso dos condomínios interessados em criar um grupo de Vizinhança Solidária em sua Quadra, Rua ou Bairro, um líder (geralmente síndico ou integrante do corpo diretivo) deve se articular com os vizinhos e a PM. A PROCONDÔMINOS BR coordenará todas as ações necessárias para que o projeto tenha o sucesso esperado.
Dependendo da quantidade de grupos de Vizinhança Solidária de cada quadra, ou bairro, a PROCONDÔMINOS por suas representantes poderá participar dos grupos também. Quando há vários, o ideal é que seja formado um outro grupo somente com tutores e o PM, para dividir informações e oferecer apoio.
Dicas de segurança a serem compartilhadas no grupo de Vizinhança Solidária
Os integrantes devem usar o grupo de Whatsapp da Vizinhança Solidária exclusivamente para alertar sobre atitudes suspeitas, marcar reuniões, discutir questões relacionadas à zeladoria e acontecimentosde interesse do bairro.
Exemplo de atitude suspeita e como agir: automóvel parado por muito tempo com vidro filmado e gente dentro. Pode indicar uma atitude suspeita de criminosos aguardando algum morador. “Os vizinhos, porteiros e vigias observam se a situação se mantém e aí comunicam à polícia, pelo 190, para vir verificar atitude suspeita”, orienta o Coronel Camilo.
Como dicas de segurança da Vizinhança Solidária, também indicamos ficar de olho em:
- Portões abertos
- Veículos abandonados
- Ruas mal iluminadas
- Vias bloqueadas ou sem sinalização
- Prédios ou terrenos abandonados
- Locais de vandalismo e consumo de drogas
- Cheiro de queimado
- Cheiro de gás
As ocorrências nos condomínios poderão ser apuradas pelo representante internamente. Já as questões urbanas devem ser reportadas à polícia.
“Importante lembrar que o grupo é preventivo e não substitui o 190. Quando alguém visualizar um crime, deve ligar para 190. Se quiser fazer denúncia de forma anônima, pode ligar para 181”, reforça Camilo.
Caso prático: redução de crimesem condomínios em mais de 90%
O primeiro grupo de Vizinhança Solidária começou em 2009 na Rua Itacema, no bairro do Itaim Bibi na cidade de São Paulo. O condomínio de uma moradora havia sofrido um arrastão na ocasião e algumas pessoas foram se informar sobre o que poderia ser feito com apoio da PM.
Segundo Luzia Maziero Fernandes, coordenadora há 10 anos do grupo Vizinhança Solidária da Rua Itacema e adjacências, foram enviadas cartas para os síndicos dos condomínios das ruas vizinhas convidando-os para uma reunião, na qual foi formado o grupo precursor.
“Começamos com nove condomínios das ruas Itacema, Japão e Renato Paes de Barros. Hoje estamos com 31 condomínios no grupo do qual sou tutora. Mas no Itaim Bibi já são 146 condomínios participantes de algum grupo”, diz Luzia.
No sistema de comunicação do grupo de Luzia, 180 funcionários estão conectados via rádio e 34 síndicos e representantes dos condomínios participam de um grupo de WhatsApp.
“Em 10 anos, ocorreu apenas uma invasão em 2018, quando um morador facilitou a entrada do criminoso. Nunca mais teve arrastão, invasão”, comemora Luzia a redução quase que total nas incidências de criminalidade na sua região.
O grupo promove treinamentos semestrais com a PM, supervisiona equipamentos, conta com um consultor de segurança que realiza treinamento anual para revisar e atualizar boas práticas dos funcionários e moradores, faz reuniões mensais para troca de ideias e compartilhamento de dicas que vão além da questão de segurança.
Segurança Pública participativa e integrada com a sociedade condominial, esse será o principal “lema” do Programa Vizinhança Solidária, um sucesso de participação dos moradores dos condomínios em São Paulo, e, não será diferente aqui no Distrito Federal, explicar @JosePimentel (instagram) – Presidente da PROCONDÔMINOS BR, consultor de Organizacional de Condomínios, DPO Master – LGPD Aplicável aos Condomínios e administrador de Empresas com ênfase em Gestão de Condomínios. Contato: jgpimentel63@hotmail.com ou pelo WhatsApp 61-98117-8588.