O presidente venezuelano, Nicolas Maduro, afirmou na noite desta terça-feira, após o encontro com líderes sul-americanos em Brasília, que a região entrará em uma nota etapa de integração, após a assinatura do documento que foi batizado como “Consenso de Brasília”.
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– Debatemos e chegamos a um importante consenso, o Consenso de Brasília, é o nome do documento aprovado. Importante consenso para um ponto de partido novo, para uma nova etapa. O mundo está mudando e avançando rapidamente para ser um mundo multipolar, e a América do Sul não pode ficar atrás – afirmou.
Segundo o líder venezuelano, a reunião no Brasil teve visões diferentes pelos diversos presidentes, mas o mais importante é que houve espaço para diálogo e respeito a ideias a visões políticas contrárias:
– Sempre com a diferença de critérios e de propostas de ideias, mas o mais importante é que houve debate e um diálogo com muita tolerância e franqueza para ser aprovada uma minuta, uma declaração proposta pelo presidente Lula que recorre aos temas prioritários de uma nova etapa.
Consenso de Brasília e vinda de Maduro
Os presidentes sul-americanos assinaram o Consenso de Brasília, documento que visa reforçar a cooperação entre os países vizinhos. O texto foi assinado ao final da reunião da Cúpula de líderes da América do Sul, que ocorreu nesta terça-feira (30/5), no Palácio do Itamaraty. O convite para o encontro foi feito pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT), buscando fortalecer os laços entre os países para promover a paz, a integração e o progresso na região.
Os líderes comprometeram-se com a defesa da democracia, dos direitos humanos, do desenvolvimento sustentável, da justiça social, do Estado de direito, da estabilidade institucional, da soberania e da não interferência em assuntos internos.
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro e Lula, que saiu ontem em sua defesa, geraram fortes reações por líderes que participaram do encontro. Na véspera, o petista havia afirmado que o país vizinho é uma “democracia” e é alvo de “narrativa política”. O presidente do Chile, Gabriel Boric, afirmou que a questão “não é uma construção narrativa. É uma realidade séria”. O presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, também engrossou o coro de críticas ao regime venezuelano.
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Também participaram do encontro o presidente da Argentina, Alberto Fernandéz; da Bolívia, Luís Arce; do Chile, Gabriel Boric; da Colômbia, Gustavo Petro; do Equador, Guillermo Lasso; da Guiana, Irfaan Ali; do Paraguai, Mário Abdo Benítez; do Suriname, Chan Santokhi; e do Uruguai, Luís Lacalle Pou.
Apenas a presidente do Peru, Dina Boluarte não compareceu à reunião, devido a crise institucional e política vivida pelo país, que está sendo representado pelo presidente do Conselho de Ministros, Alberto Otárola.
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Também foram assumidos compromissos para o incremento do comércio e dos investimentos entre os países da região, além da criação de um grupo de contato, liderado pelos Chanceleres, para avaliação das experiências dos mecanismos sul-americanos. Os presidentes concordaram ainda em voltar a reunir-se para repassar o andamento das iniciativas de cooperação.
Fonte: OGlobo e Correio Brasiliense