Condomínios precisam urgentemente atender às normas gerais de armazenamento de dados.

Vejam aparelhos, sistemas e recursos de segurança que estão disponíveis no mercado e que podem fazer a diferença para o seu Condomínio tornar-se mais seguro.

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Nos últimos anos, assaltos e invasões a condomínios, sejam eles residenciais, de atividade comercial, de característica mista, de Shoppings, enfim, estão se tornando frequentes, e os criminosos têm agido das mais diferentes maneiras.

A verdade é que, para garantir a segurança dos condôminos, não basta ter condôminos conscientes, funcionários bem treinados e atualizados, precisa-se ter uma equipe de gestores que em conjunto atuem sempre na defesa e na proteção do patrimônio coletivo.

Há algum tempo, a tecnologia vem batendo à porta dos condomínios, que buscaram adquirir equipamentos e sistemas de segurança e boa qualidade, mas não se prepararam para ter uma infraestrutura de informatização que suporte e armazene todos os dados coletados. Seja em que circunstância for, ainda remanescem, nos dias de hoje, síndicos que transferem a empresas de prestação de serviços esse armazenamento de dados, desconhecendo ou não procurando saber o grau de sua responsabilidade, enquanto responsável legal pela condução da vida do “ente condomínio”.

Com o advento da Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD – Lei 13.709 de 2018, mais do que nunca o escritório ou sala de administração do condomínio deve possuir equipamentos como: Desktop (computador), teclado, mouse, estabilizador, impressora, mesa e cadeira apropriados ergonomicamente, provedor de internet com sinal e capacidade de tráfego de dados, não menos do que 10 GB. Tudo que aqui foi listado, são itens mínimos necessários e que urgentemente precisam ser adquiridos pelos síndicos, gestores ou administradores dos condomínios no menor espaço de tempo.

Segundo a LGPD, caso o “sindico na qualidade de “PROCESSADOR” dos dados coletados no dia a dia da vida condominial, deixe vazar a terceiros, sem consentimento dos condôminos, dados pessoais, inclusive endereço eletrônico, ou dados vinculados à sua unidade habitacional, responderá, diretamente em caso de vazamentos das informações, em especial, quanto à indenização que tiver que ser paga a quem tiver seus dados violados ou melhor, vazados.

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Além da informatização do escritório ou sala de administração do “ente condomínio”, recomenda-se contratar profissional que possua especialização na elaboração de projetos de segurança, pois de posse do projeto elaborado, poderá a administração do condomínio seguir as recomendações mínimas necessárias para obter-se uma segurança eletrônica dentro das normas previstas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Em recente pesquisas a publicações diversas, preparamos a lista abaixo que deverá ser no mínimo observada ou adquirida, para se ter uma boa segurança condominial.Senão vejamos:

1) Possuir em seu quadro de pessoal “assistente técnico administrativo” com capacitação profissional que possibilite administrar todas as rotinas diárias do conjunto habitacional denominado “condomínio” e que possa servir como orientador e facilitador quanto à transmissão e coleta de dados diários e agente de integração entre os condôminos e a administração do condomínio;

2) Contratar e sempre manter atualizado Sistema de CFTV (interligado aos computadores do condomínio) que contenha no mínimo:

  • Câmeras (móveis, fixas, analógicas, digitais ou IP);
  • Câmeras que possuam sistema de reconhecimento facial e até mesmo a possibilidade de detectar comportamentos;
  • Cabos de rede UTP ou fibra ótica (sistemas digitais);
  • Caixa de proteçãpara as câmeras;
  • Cúpula para ocultar câmeras (em elevadores, por exemplo), por razões de segurança e/ou estética; Aparelhos de gravação e armazenamento das imagens das câmeras. Tipo/modelo NVR (Network Video Recorder) para sistemas digitais, com imagem via IP ou HVR (Hybrid Video Recorders);
  • Softwares/sistemas que permitam a comparação das imagens em diferentes dimensões, com possibilidade de até captação de sons;
  • Interligação sistémica que possibilitem contactar a central de segurança e monitoramento ou até mesmo efetuando chamadas telefônicas para números pré-cadastrados;
  • Nobreaks e geradores para manter o sistema operando mesmo na sabotagem da energia ou até mesmo na falta de energia comum.
  • Dê preferência para o armazenamento em nuvem ou ainda com monitoramento e gravação remota.

Resaltamos que já ocorreram vários assaltos em que os ladrões fizeram o zelador ou o porteiro entregar o (os) equipamento (os). Aqui uma dica importante é que se você não tem um monitoramento remoto das câmeras do seu condomínio, crie uma rotina para que o seu zelador possa verificar se o sistema está gravando normalmente a cada dois dias.

Acesso às garagens, deve constar:

  • Portões enclausurados, intertravados;
  • Catraca eletrônica;
  • Cancelas automáticas;
  • Controle remoto manual de garagem;

Sistema linear:

É uma forma de avisar ao porteiro, quando alguém está chegando, mediante o acionamento de um botão de dentro do carro. Assim, conforme o morador se aproxima, o porteiro observa na sua tela quem está chegando, em qual carro, e como está o movimento da rua naquele momento;

·Tags RFID veicular;

·Leitura de placa LPR;

·Etiqueta de controle veicular;

·Antenas digitais para tags e etiquetas;

·Controles com botão de pânico (porteiro pode ser acionado em caso de qualquer situação emergencial);

·Laço indutivo no piso das entradas da garagem;

Transponder” para automóveis:

Equipamento geralmente usado em aviões emite sinais que permitem ao porteiro identificar imediatamente os carros que estão prestes a entrar na garagem. Na porta do condomínio uma antena receptora do sinal identifica o carro do condômino e ele será ou não autorizado a entrar. Após identificação, o porteiro abrirá o portão. Esse tipo de equipamento evita clonagem de carros.

Monitoramento 24h:

Este serviço pode estar integrado a diversos aparelhos de segurança, como sensores, portões, câmeras etc. O maior benefício do monitoramento 24h é a discrição, pois o sistema pode ser usado sem que invasores percebam.

É importante que haja sensores nas portas que somente sejam abertas com o devido protocolo de emergências.

Cercas elétricas e proteção perimetral:

Geralmente, as cercas eletrificadas têm baixa corrente, e o choque funciona como advertência, retardando a ação criminosa.

Programas de segurança de vizinhança comunitária: É importante lembrar que quanto mais difícil for o acesso ao condomínio, a tendência é que criminosos busquem outros lugares próximos para invadir.

Assim, se os outros condomínios da região também adotarem procedimentos rigorosos, é provável que aquela área fique potencialmente mais segura.

Passa-volumes e lockers na portaria:

Esse recurso facilita a entrega de encomendas e deliveries, além de manter o condomínio seguro, pois evita a entrada de pessoas estranhas.

Quanto à guarda de encomendas, sobretudo para condomínios com portaria virtual remota, é importante que se tenha armários inteligentes (lockers), de preferência digitais, a fim de que sejam separados e controlados os volumes que chegam para os moradores.

Alerta vigia:

Existem alguns aparelhos no mercado que podem ser utilizados para evitar que o porteiro durma em serviço, porque poderá colocar a segurança do condomínio em risco.

Iluminação das entradas principais:

Lembre-se de que todo intruso tem medo de ser identificado, por isso, é fundamental que os acessos social, serviço e garagem estejam sempre bem iluminados. Uma dica é instalar lâmpadas ou refletores de leds integrados com fotocélula, assim, toda vez que o portão for aberto ou houver algum tipo de arrombamento, ele será acionado. Vale também instalar sensores de presença junto à iluminação.

Guarita

Com o crescimento da tecnologia referente ao controle de acesso, a maioria das construtoras já não contempla esse espaço em novos projetos.

Chamamos a atenção para os condomínios que estejam localizados em área de tombamento urbano, pois, no caso das guaritas elas somente poderão ter seu projeto alterado em relação ao original, se houver, a elaboração de um projeto de viabilidade técnica projetado por arquiteto devidamente habilitado.

O projeto deverá ser submetido à apreciação da autoridade pública fiscalizadora e responsável pela análise quanto ao cumprimento das regras contidas na legislação em vigor.

Comunicação entre prédios

Pode ser por telefone fixo, celulares (em especial, o WhatsApp), bem como Rádios HTs. Ainda que esteja em desuso, um botão de pânico silencioso ligando as chamadas entre vários prédios de uma mesma quadra também é uma boa solução.

Caso surja alguma ocorrência “ LGPD Condomínios ’’ em um deles, os outros serão acionados.

Sistemas de Segurança para Unidades Constituídas de Apartamentos:

Para minimizar o prejuízo dos moradores, caso a portaria seja “furada”, estas soluções podem ajudar.

Portas resistentes e maciças nas entradas sociais e de serviço, dando preferência às que possuem blindagem interna;

Olho mágico de 180° ou mesmo digital nas portas externas, para observar quem está do lado de fora antes de abri-las;

Fechaduras quádruplas nas portas externas, para dificultar que sejam “michadas” ou mesmo arrombadas. Se possível, instalar fechaduras eletrônicas e digitais;

Manter em bom estado de conservação e sempre funcionando os meios de comunicação, tais como telefone e interfone;

Sistemas de alarme no interior do apartamento ligados a uma central de monitoramento ou à portaria do condomínio, com dispositivos remotos também conectados à central de monitoramento ou mesmo no celular dos moradores;

Nas janelas, trancas especiais, grades e blindagens, se for o caso;

Câmeras de CFTV internas, com acesso remoto através do celular.

Treinamento de funcionários:

De nada adianta adquirir equipamentos de segurança de última geração, se quem deve manuseá-los não tenha conhecimento para tal.

A MEIZON RH, especializada na qualificação e requalificação dos profissionais de diferentes áreas de atuação, mas com foco nos profissionais dos condomínios, pode ser demandada, e por meio de seus consultores prestará total apoio aos síndicos, gestores e administradores dos mais de 17 mil condomínios do DF.

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