O aplicativo de mensagens instantâneas, WhatsApp, apresentou o maior número de usuários no Brasil e no mundo em 2019, segundo o relatório Estado do Mundo Móvel 2020, da consultoria App Annie. O documento ainda aponta que os brasileiros estão em terceiro lugar no ranking de usuários que passam mais tempo utilizando o programa.

Em condomínios é cada vez mais comum a prática de criar grupos no app para que os moradores fiquem a par dos assuntos de interesse comum, afirma o síndico profissional e gestor condominial, João Xavier. Entretanto, é preciso tomar alguns cuidados para não criar situações desagradáveis, constrangimentos ou até mesmouma ação judicial. “A principal questão é que os aplicativos podem atrapalhar a rotina do condomínio e de seus usuários pela forma que os integrantes se expressam. Énecessário cautela e prudência na condução dos assuntos nos grupos para não criar uma situação desagradável. Na comunicação escrita, por exemplo, podem ocorrer
falhas na interpretação e virar um problema. Muitas vezes, algo que pode ser resolvido com uma boa conversa, toma proporções inimagináveis, e, às vezes, até caso de polícia”, explica.

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Cabe ao administrador do grupo tentar manter a ordem e o foco, que é beneficiar a todos. “A comunicação deve ser limpa, clara e direta. É aconselhável que, se for algum assunto polêmico ou dúvida particular, que sejam enviadas mensagens diretamente à pessoa que poderá lhe responder, e não expor uma dúvida no grupo para criar mais problemas e polêmicas. Temos sempre que lembrar que somos todos contra o problema, e se o foco é resolver, que seja feito da melhor forma possível”, reitera.

A troca de mensagens em aplicativos não é considerada um meio formal e oficial de comunicação do condomínio, pois nem sempre todos os moradores estão nesses grupos. Nele, não pode ser votada ou aprovada nenhuma regra do convívio. O que pode ocorrer são discussões saudáveis que servem como termômetro para pautas de assembleias e votações de projetos futuros.

Existem também as facilidades de divulgação e comercialização produtos e serviços. Pessoas ganham a vida trabalhando dentro do próprio condomínio, como, por exemplo, manicures, cabelereiras, cozinheiras, lavadores de veículos, etc. “São inúmeros produtos e serviços oferecidos nos grupos, com praticidade e agilidade, além de gerar emprego, renda, aguçar o empreendedorismo e trazer a facilidade de se ter tudo isso a sua porta, sem precisar sair do conforto do seu lar”, comenta.
Deve-se ter muita atenção em adicionar somente os condôminos, e caso essas pessoas não façam mais parte do condomínio, que sejam excluídas o mais breve possível, pois por esses grupos passam informações da rotina, serviços e segurança,
e não é interessante que pessoas alheias aos moradores tenham acesso a essas informações.

Sobre João Xavier: Síndico profissional, especialista em gestão condominial, especialista em implantação de novos condomínios. Administrador de empresas, sócio diretor da ATMA Consultoria Imobiliária, possui larga experiência em sistemas condominiais, e tecnologia voltada para segurança de condomínios. Membro do Conselho de Administração do estado de São Paulo (CRA-6-001410), atuou como palestrante em várias administradoras de condomínios em São Paulo.

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